Serpente que dá rasteira na realidade
Caixão que define a vida em cores
Amostra que cega os fatos
Agenda que marca o descompromisso
E que fazem mortos pensamentos no leito do sofá.
Medicação que adoece
Adormece
Empobrece.
Que carece e aquece o febril que tem ânsia do vídeo vazio que queima a realidade.
Antes lusos agora novos intrusos que vêm por ondas
Sem mar
Sem ar
“Sem querer” com palavras e imagens manipular
Seres
Sentimentos
Sentidos
R$ 100!
Programação de quem não se vê
Mas que não falta o compromisso da ilusão
Que realiza sequênciais encontros
De tudo que não é.
Os Urubus que comem ouro
E entregam para os outros se lambuzarem
O palpável prazer de sons e imagens inflamados.
Jaciara Santos Nascimento